Atualmente, a atividade agrícola brasileira é movida pela monocultura em grandes extensões de terra. Principalmente, o cultivo de soja e milho.
Estas são as culturas que movimentam o agronegócio brasileiro, sendo plantadas em diversas regiões. Entretanto, o seu cultivo em larga escala potencializa o surgimento de doenças, pragas e plantas daninhas.
Situações como estas exigem aplicações de produtos fitossanitários para o seu controle. Neste sentido, é necessário que diversas pulverizações sejam realizadas ao longo de toda a safra.
Para que as pulverizações sejam eficientes, é necessária a escolha dos pulverizadores que mais se adaptem às necessidades de cada produtor rural.
Pulverizadores agrícolas – Para que servem?
Os pulverizadores têm como função principal, a distribuição de produtos químicos (inseticidas, fungicidas, herbicidas, etc.) em seus locais-alvo, ou seja:
Herbicidas: nas plantas daninhas.
Fungicidas: nas plantas infectadas.
Inseticidas: nos insetos-praga.
Desta forma, independentemente do tamanho da sua propriedade agrícola, você estará sujeito ao surgimento de algum dos problemas citados acima. Ou seja, em algum momento da safra, será necessária a utilização de pulverizadores.
Com o advento da agricultura de precisão, os pulverizadores tornaram-se cada vez mais modernos e precisos. Sendo assim, é importante conhecer os tipos de pulverizadores mais utilizados atualmente e as suas indicações. Pois, quando estes equipamentos são utilizados de maneira inadequada, os produtos químicos não conseguem atingir os alvos e, consequentemente, não há controle.
Classificação dos pulverizadores
Recentemente, a ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal) classificou de forma definitiva os pulverizadores utilizados na agricultura. Sendo esta classificação, apresentada abaixo:
Pulverizador Costal
É indicado para pequenas áreas, principalmente, devido à sua baixa capacidade de armazenando de calda, que é de, no máximo 20 L. Além disso, sua eficiência é muito dependente do operador, pois é ele quem realiza as aplicações. Desta forma, se o operador for muito lento, pode gastar mais calda do que deveria, ou seja, ocorrerá uma superdosagem. Entretanto, se ele percorrer muito rápido a área a ser pulverizada, pode ocorrer subdosagem. De um modo ou de outro, pode-se observar que este tipo de pulverização não tem precisão. Os pulverizadores costais podem ser do tipo:
Manual: o operador aciona uma alavanca para que ocorra a pulverização. Desta maneira, a pressão com que a calda sai do bico é dependente da fadiga do operador.
Motorizado: o pulverizador conta com um sistema elétrico de pulverização. Desta forma, consegue-se manter a pressão de trabalho constante.
Pulverizador Tratorizado com Mangueira e Pistola de Pulverização
Esses pulverizadores são bastante utilizados em aplicações de produtos fitossanitários em pomares novos. Isso se justifica em função do espaço existente entre as plantas nas linhas. Apesar de ser tratorizado, esse tipo de pulverização exige a presença de um operador para controlar a lança ou pistola de aplicação.
Pulverizador de barras
É o tipo de pulverizador mais utilizado atualmente, principalmente, em grandes áreas. O seu sistema de funcionamento baseia-se na aplicação de produtos químicos através de uma barra de comprimento variável, onde são presentes diversos bicos. Os pulverizadores de barra podem ser de dois tipos:
Tratorizados: são compostos por três partes principais – o trator, o tanque e a barra de pulverização. Desta forma, o pulverizador funciona com um implemento, que pode ser acoplado e desacoplado do trator. Permitindo que o trator seja utilizado para diversas finalidades.
Autopropelidos: pode-se dizer que é um único item. Os autopropelidos também possuem tanque e barra de pulverização, entretanto estes não podem se separados. Esse tipo de pulverizador tem muito mais autonomia do que os demais, em função de poder suportar até 2.500 L de calda.
Turbopulverizador
Também conhecidos como turboatomizadores, esses pulverizadores são indicados para pulverização em culturas arbóreas, pois funcionam através da geração de uma corrente de ar capaz de transportar as gotas até a copa das árvores. Além disso, caracterizam-se pela presença de um ou mais ventiladores, responsáveis pela geração do fluxo de ar.
Pulverização com aeronave
De modo geral, as barras de pulverização são localizadas ao longo das asas da aeronave. Em função de sobrevoar as lavouras, esse tipo de pulverizador possibilita aplicações em grandes extensões de área, principalmente, quando o dossel da cultura já está fechado, o que na prática, impossibilita a entrada de pulverizadores terrestres.
Além disso, é um dos métodos preferidos pelos orizicultores de áreas irrigadas, visto que as pulverizações nessas áreas exigem uma série de adaptações nos pulverizadores de barra convencionais.
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Perspectivas futuras
Além dos tipos de pulverizadores citados acima, um novo segmento de pulverizadores está surgindo. A Saci Soluções é uma das pioneiras nesse novo segmento de mercado e desenvolveu um pulverizador acoplado a quadriciclos.
Os Pulverizadores Scorpion, desenvolvidos pela Saci Soluções, são uma opção para substituição dos pulverizadores costais. Pois contam com um sistema de acionamento de bicos de pulverização de acordo com a velocidade do quadriciclo. Além disso, seu tanque de pulverização tem capacidade para volumes de calda de 25 a 50 L.
Desta forma, espera-se que nos próximos anos, as pulverizações agrícolas tornem-se cada vez mais precisas, independentemente do tamanho da área a ser pulverizada.
Que tipo de pulverizador você utiliza em sua cultura? Compartilhe sua experiência conosco!
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