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Como não é possível a obtenção precisa das características do solo apenas por meio da observação visual, a análise de solo tem como objetivo fornecer dados para determinar e prevenir possíveis problemas nutricionais que podem facilitar o aparecimento de pragas e doenças nas plantas.

 

Inclusive, para se ter uma ideia, existe um princípio na agricultura chamado de Lei de Liebig, também conhecido por Lei do Mínimo, que estabelece que o desenvolvimento de uma planta fica limitado quando há nutrientes faltosos ou deficitários, mesmo que todos os outros elementos ou fatores estejam presentes. A Lei de Liebig foi desenvolvida no século XX, decorrente dos avanços científicos produzidos por Carl Sprengel, no início do século XIX, posteriormente popularizados por Justus von Liebig em seu livro Aplicações da química orgânica na agricultura e fisiologia, de 1840.

 

A análise de solo é o único método que permite, antes do plantio, conhecer a capacidade que o solo tem de suprir os nutrientes necessários para as plantas. É também a maneira mais simples, econômica e eficiente de conhecer a fertilidade da terra e ter base para recomendar as quantidades adequadas de corretivos e fertilizantes a fim de aumentar a produtividade das culturas e, consequentemente, obter o melhor retorno sobre os investimentos e o aumento do lucro.

 

Realizar a análise de solo permite ainda acompanhar as mudanças de sua fertilidade e pode auxiliar no aumento da lucratividade da exploração agrícola ou florestal, pois oferece a possibilidade de aumento da produção e da resistência da planta, diminuindo gastos com agrotóxicos (inseticidas, herbicidas e fungicidas) e, por consequência, promovendo uma melhor qualidade de vida e menor impacto ambiental.

 

 


Principais funções da análise de solo

A análise de solo possui duas funções principais, como indicar os níveis de nutrientes da terra, possibilitando o desenvolvimento de um programa de calagem e adubação; além de poder ser usada regularmente para monitorar e avaliar as mudanças dos nutrientes que nela ocorrem.

 

O custo para a realização de uma análise de solo é expressivamente baixo em relação aos benefícios que pode proporcionar, principalmente considerando o elevado custo dos corretivos e fertilizantes, que consomem parte significativa dos recursos destinados aos sistemas de produção agrícolas.

 

Como fazer a análise de solo

 

O trabalho é desenvolvido nas seguintes etapas: amostragem do solo, análise em laboratório, interpretação dos resultados e adoção das recomendações:

1-Para realizar a análise de solo, o agricultor deve fazer a amostragem de solo retirando uma amostra de terra para representar a gleba. Para saber como coletar uma amostragem de excelência, confira nosso infográfico com “7 dicas para se obter uma boa análise de solo” . É dessa amostragem que depende a exatidão dos resultados analíticos. Caso haja dúvidas na coleta da amostra, recomenda-se consultar um engenheiro agrônomo ou florestal.

2-Essa amostra deve ser enviada ao laboratório para ser analisada. É essencial procurar por laboratórios que participem de programas de qualidade, para se garantir metodologias padronizadas.

3-De acordo com os dados obtidos na análise e com a realidade do produtor rural, o engenheiro recomenda a calagem e a fertilização a serem feitas.

4-O produtor adota as recomendações técnicas do engenheiro.

 

Principais tipos de análise de solo

Entre os tipos de análise de solo existentes, os mais utilizados pelo produtor rural são:

 

-Análise química: avalia a fertilidade química do solo e determina a disponibilidade de seus nutrientes, pH e matéria orgânica.

 

-Análise granulométrica: Determina a proporção de constituintes do solo (areia, silte, argila) que influenciam no correto uso e manejo, indicando risco de erosão, disponibilidade de água para as plantas, o uso econômico de adubos, a mecanização adequada e qual a melhor cultura. Complementa a análise química, garantindo maior segurança para o diagnóstico.

 

É importante que elas sejam realizadas em conjunto, para que seja possível relacionar as proporções de nutrientes e acidez com o potencial de uso e manejo do solo. O resultado das duas análises  permite a elaboração de um diagnóstico de fertilidade mais preciso.

 

Vantagens de se fazer análise de solo

São rápidas, de baixo custo e podem ser feitas em qualquer época do ano. Recomenda-se que a análise de solo seja feita de três a seis meses antes do plantio, com intervalo de dois a quatro anos, dependendo do tipo da cultura e do solo.

 

Com os resultados em mãos, é possível elaborar um programa de adubação e calagem, determinando as quantidades de nutrientes a serem oferecidas pelo solo às plantas e quantidade de adubo e calcário a serem aplicados, a fim de se obter melhores condições de produção e de qualidade das culturas.

 

 

 

Na dúvida, peça apoio

Mesmo com a constante divulgação dos procedimentos para amostragem de solo no meio rural, devido à sua importância no processo de plantio, recomenda-se que, antes da coleta da amostra, o produtor peça apoio à assistência técnica local, para que o resultado possa contribuir ao manejo e fertilidade do solo e, consequentemente, ao aumento de produtividade e lucratividade.

 

Você tem alguma dúvida sobre análise de solo? Entre em contato conosco. Ficaremos satisfeitos em ajudá-lo!